A Luz No isolamento. Vive a pobre alma, condenada. Conhece o absurdo. Alheia à sua condição, já mais não está. Pois sabe. Para ela tudo é tão claro, como os raios de sol que a sua cela penetram, pela janela já vedada. Apesar da intensidade de um amor paternal com que a sua consciência invadem não a cegam como outrora. Ela sabe que chegará a hora, e que cada um desses fios dourados, transformar-se-à em sombra. Nada é imúne à sombre, e por infortúnio digo: sou nada.